quinta-feira, 23 de maio de 2013

Sobre o amor e outras coisas...

Como começar a carta mais importante da vida? Não sei. Mas, como diz o poeta, que seja uma carta ridícula, a mais boba, a mais singela...
Tudo começou em um dia que não lembro qual foi, em uma hora que se perdeu. Não lembro o que vestia, tampouco a primeira palavra que disse, mas o importante mesmo é que você estava lá. Você gostava de cinema.
Sempre achei que o cinema fosse algo sobrenatural, seja pela capacidade de nos fazer amigos de personagens desconhecidos, de materializar sonho que sonhamos, de nos fazer voar, de nos fazer sofrer ou de nos fazer amar. E foi como em um filme. A garota saiu da tela, veio com nome esquisito (Rhamayana Barreto) e tudo mais.
Ela queria ser escritora, iria começar a estudar administração e acreditava que o jornalismo tinha que ser imparcial. Enfim, estava perdida no mundo... A bichinha!
Bom! Nos romances é preciso se perder.
Os dias na UEFS, as tardes em minha casa, as conversas com mainha, o seu jeito esquisito de correr, a maneira eufórica de falar, a sua crença do mundo, a fé no amor, a vontade de ser mãe, o talento pra escrever, a inteligência, a beleza ou ou ou ou...? Não sei por que, mas me apaixonei. E mais uma vez copiando o poeta: quem ama não sabe o que ama, nem sabe por que ama, nem o que é amar. Amar é a eterna inocência.
Já se foram instantes e dias distantes, e aqui estamos. Desde que conheci Socrátes (aquele mesmo) minha certezas diminuíram, guardei somente algumas. Uma delas que ia te ver correndo atrás dos “meninos” com a sandália na mão, ligando pra Indira por causa de uma febre qualquer de Lis ou te ver brigando por causa do gato que não sai do sofá.
Tentei inventar algo mágico, não deu. Tentei colocar um outdoor, a rua era apertada. Tentei buscar uma estrela no céu, lembrei que mainha não pagou colégio atoa. Sobrou só português e sentimento pra dizer em algumas linhas que te amo.

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